“O Saber é o bem mais valioso que um Ser Humano pode guardar, para sempre!”

13 de setembro de 2011

Esquizofrenia Crônica

Diferentemente da esquizofrenia aguda, a esquizofrenia crônica é uma condição de longa duração, que compartilha alguns sintomas com a forma aguda, tais como alucinações e delírios.

Algumas vezes, a pessoa que sofre de esquizofrenia crônica parece acostumar-se com estes pensamentos desordenados, como por exemplo, pode estar convencida de que alguém tenta capturá-la. Mas este convencimento não provoca nenhuma reação emocional.




Sintomas negativos

Os sintomas mais comuns da esquizofrenia crônica são:
- Retração social
- Lentidão e falta de atividade
- Falta de interesse ou de vontade para conversar
- Idéias ou comportamentos estranhos
- Abandono do cuidado pessoal
- Depressão

Esses sintomas são chamados "negativos" e não aparecem em todos os casos.

O estado de longa duração se caracteriza por:
- Falta de interesse ou vigor
- Pouca atividade
- Retração social

Se são deixados sozinhos, os esquizofrênicos podem passar longos períodos de tempo sem fazer nada, ou repetindo atividades sem sentido, vez ou outra. Algumas vezes podem abandonar seriamente o seu cuidado pessoal.




Tipos de esquizofrenia

O diagnóstico da esquizofrenia, como sucede com a grande maioria dos transtornos mentais e demais psicopatologias, não se pode efetuar através da análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos, e resulta apenas da observação clínica cuidadosa das manifestações do transtorno ao longo do tempo. Quando do diagnóstico, é importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes (uso de drogas, epilepsia, tumor cerebral, alterações metabólicas). O diagnóstico da esquizofrenia é por vezes difícil.

Para além do diagnóstico, é importante que o profissional identifique qual é o subtipo de esquizofrenia em que o doente se encontra. Atualmente, segundo o DSM IV, existem cinco tipos:

  • Paranóide, é a forma que mais facilmente é identificada com a doença, predominando os sintomas positivos. O quadro clínico é dominado por um delírio paranóide relativamente bem organizado. Os doentes com esquizofrenia paranóide são desconfiados, reservados, podendo ter comportamentos agressivos. 
  • Desorganizado, em que os sintomas afectivos e as alterações do pensamento são predominantes. As ideias delirantes, embora presentes, não são organizadas. Em alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade marcada associada a comportamentos agressivos. Existe um contacto muito pobre com a realidade. 
  • Catatónico, é caracterizada pelo predomínio de sintomas motores e por alterações da actividade, que podem ir desde um estado de cansaço e acinético até à excitação. 
  • Indiferenciado, apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um isolamento social marcado e uma diminuição no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa apatia e indiferença relativamente ao mundo exterior. 
  • Residual, nesta forma existe um predomínio de sintomas negativos, os doentes apresentam um isolamento social marcado por um embotamento afectivo e uma pobreza ao nível do conteúdo do pensamento. 

Existe também a denominada Esquizofrenia Hebefrênica, com incidência da adolescência, com o pior dos prognósticos em relação às demais variações da doença, e com grandes probabilidades de prejuízos cognitivos e socio-comportamentais.

Tratamento

Os sintomas "positivos" da esquizofrenia (alucinações, por exemplo), podem ser tratados efetivamente com drogas antipsicóticas, mas têm pouco impacto sobre os sintomas negativos, como a falta de motivação e ânimo.
A psicoterapia e a terapia cognitiva comportamental podem ser úteis neste caso.



Fato! 

Excelente atuação do ator Bruno Gagliasso, como Tarso Cadore, em um de seus surtos esquizofrênicos.



Bibliografia:



Até a próxima!!!


 

25 de agosto de 2011

Transtorno Afetivo Bipolar

O transtorno afetivo bipolar é também conhecido como psicose maníaco depressiva ou transtorno bipolar do humor. As pessoas afetadas experimentam mudanças extremas de humor, que vão desde uma depressão profunda até a euforia exagerada (conhecida como mania). O número, freqüência e duração destes períodos de depressão e mania variam de pessoa para pessoa. 

Estudos recentes mostram que o transtorno afetivo bipolar tende a ser hereditário. Os cientistas estão tentando identificar os genes que possam levar ao desenvolvimento desta doença. Os episódios individuais desta doença geralmente se dispersam em eventos estressantes.



Classificação

A depressão maníaca foi inicialmente descrita em fins do século XIX pelo psiquiatra Emil Kraepelin, que publicou seu conhecimento da doença em seu “Textbook of Psychiatry”. Existem várias variações do distúrbio bipolar:

  • TIPO I: Predomínio da fase maniaca com depressão mais leve (distimia). 
  • TIPO II: Predomínio da fase depressiva com mania mais leve (hipomania). 
  • MISTA: Quando os episódios possuem várias características tanto de mania quanto de depressão simultaneamente. 
  • CICLOS RÁPIDOS: Quando os episódios variações humor duram menos de uma semana. 
  • CICLOTIMIA: Os sintomas são persistentes por pelo menos dois anos, períodos em que sintomas de hipomania são leves e depressão ou distimia não são tão profundos para ser qualificados como Depressão Maior.



Sintomas

Os sintomas da depressão incluem:

-Persistente falta de ânimo, com sentimentos de infelicidade
-Perda de interesse em atividades que antes eram agradáveis
-Irritabilidade ou agitação
-Dificuldade de concentração
-Perda de auto-estima e confiança em si mesmo
-Pensamentos do tipo "não vale a pena viver"
-Cansaço e problemas para dormir; a princípio se desperta cedo com a sensação de não ter descansado
-Falta de apetite
-Perda de interesse no sexo

Os sintomas da mania incluem:

-Alegria exagerada. A pessoa fica eufórica, com uma irrefutável sensação de bem-estar e se vangloria
-Aumento de energia e hiperatividade
-Aumento do volume da voz. Muitas vezes a pessoa fala mais alto e rápido do que o normal
-Menor necessidade de dormir
-Perda de inibições, o que pode conduzir a atitudes inapropriadas e impulsivas
-Idéias e planos grandiosos e exageradamente otimistas
-Nos casos graves, os pacientes podem desenvolver sintomas psicóticos, delírios ou alucinações.




Tratamento

Os episódios depressivos são tratados da mesma forma que outros problemas depressivos: com terapia psicológica e medicação antidepressiva.

Os episódios de mania geralmente são tratados com medicação anti-psicótica. As medicações podem causar efeitos colaterais como: rigidez, tremores, boca seca e constipação. No entanto, esses efeitos secundários podem ser tratados com outros medicamentos.
Às vezes os pacientes necessitam ir a um hospital para receber tratamento adequado.
Em outras ocasiões, durante alguns episódios agudos, são utilizados medicamentos para estabilizar o humor. Estes são usados também em terapias preventivas de longa duração, para evitar recaídas. O mais usado é o lítio.



Como controlar

Para controlar as mudanças de humor é necessário regularmente:

  • Acompanhamento por médico (psiquiatra) e psicólogo. 
  • Uso da medicação prescrita conforme recomendação médica. 
  • O uso da medicação é particularmente importante porque é muito comum o paciente de bipolaridade interromper a terapia medicamentosa. A interrupção no uso do medicamento recomendado, via de regra, desencadeia novos episódios da conduta característica a essa condição: estados de depressão mais intensa e maior exaltação na euforia 
  • Restrição ao uso de álcool, drogas e cafeína. 
  • Vida saudável com horas de sono suficientes e em horário regular, alimentação equilibrada e atividade física adequada.


Fato!

Meu filho bipolar, o emocionante documentário que o Discovery Home & Health exibe com vários capítulos e reprises. (Consultar Programação) Os casos incluem uma mãe solteira cujo filho, Chase, de 7 anos, já foi internado seis vezes por mais de 150 dias; uma avó que cria quatro netos com diagnóstico de transtorno bipolar; uma menina chamada Samantha, que foi diagnosticada aos 3 anos de idade; e Kelsey, uma pré-adolescente que enfrenta suas oscilações de humor com coragem diante das crescentes pressões sociais na escola.




16 de agosto de 2011

Acumuladores

Você já ouviu falar sobre os acumuladores?


São pessoas que padecem de um transtorno compulsivo que as leva a acumular objetos de forma desordenada e excessiva. Estima-se que três milhões de pessoas, de todas as idades sofram com o problema no mundo. Em geral, os portadores do distúrbio acumulam objetos inúteis e sem valor: jornais, revistas, lixos, peças eletrônicas, televisores quebrados e até automóveis. Eles valorizam de tal forma esses objetos que sentem uma angústia profunda ao pensar em se livrar deles.


O acumulador compulsivo é popularmente chamado de "colecionador de lixo", já que na maioria das vezes junta itens insalubres que produzem mau-cheiro e atraem insetos e roedores. Por tal motivo a doença também é conhecida como Síndrome de Diógenes, ou ainda síndrome de miséria senil (embora também acometa pessoas mais jovens, ou de bom nível econômico e intelectual). Em alguns casos não existe exatamente sujeira, mas o acúmulo exagerado e empoeirado de itens como livros, revistas, ferramentas, recipientes diversos, produtos químicos, metais, madeira, móveis, materiais de construção, material elétrico e aparelhos eletroeletrônicos, obsoletos ou com defeito — daí o termo "juntador de velharias". Neste caso pode haver risco de cupins-de-madeira-seca e brocas-de-madeira.


Outro aspecto da compulsão é a acumulação de animais (animal hoarding, na literatura em inglês). Nesse caso, o acumulador vai reunindo um número exagerado de animais de estimação, sem ter como abrigá-los e alimentá-los de forma adequada, ao mesmo tempo em que nega essa incapacidade (algumas vezes passando por protetor dos animais). Embora a maioria desses animais fique em condições as piores possíveis, trata-se de um transtorno mental, e não de crueldade deliberada para com eles. A doença também é conhecida como Síndrome de Noé.


Castelos de objetos

As pessoas que sofrem desse transtorno não conseguem ver a acumulação como um problema real. Pelo contrário, organizam suas casas em função dos objetos em desuso que encontram, armazenando-os sem nenhum tipo de lógica nem ordem, e quando os espaços começam a lotar, começam a implementar estratégias para poder transitar por eles sem se desfazer dos objetos. Existem casos extremos em que foram encontrados túneis e passagens internas que conectavam os cômodos, crianças foram obrigadas a deixar suas casas e a viver na rua por falta de espaço, e incêndios afetaram residências vizinhas.


Existe cura?

Apesar de afetar quase 4% da população mundial, é um transtorno pouco explorado e ainda não há critérios estabelecidos para diagnosticar a síndrome.
A forma mais adequada de tratar os pacientes consiste em fazê-los tomar consciência de que o desapego aos objetos inúteis é essencial para levarem uma vida normal. Os psicólogos afirmam que, se isso não ocorrer, de nada serve limpar suas casas, já que após a terapia, voltariam a acumular de forma descontrolada.

http://www.youtube.com/watch?v=U0ve8NzZmEQ

Fato!

Um dos casos mais severos de acumulação extrema ou hoarding veio à luz em março de 1947, quando a polícia de Nova York foi chamada para investigar a descoberta de um cadáver em um edifício de três andares no Harlem. O lugar pertencia a dois irmãos idosos, Langley e Homer Collyer. Quando os agentes entraram no imóvel, ficaram estarrecidos com o que viram. Montanhas de lixo chegavam até o teto, incluindo 14 pianos, um automóvel Ford modelo T e os restos de um feto de duas cabeças. Dentro de um sistema de sistema de túneis que usavam para andar entre os dejetos, jaziam os corpos sem vida dos idosos: um foi esmagado pelo lixo, e o outro morreu de inanição.

A história dos irmãos Collyer é um dos casos mais extremos de hoarding já registrados nos Estados Unidos, mas é um fenômeno mais comum do que se imagina.

http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=VqCoC3ChXdg



Até a Próxima!


Bibliografia:



13 de agosto de 2011

Bem Vindos!!


Me chamo Bruna! Sou estudante de Psicologia, e criei esse espaço para todos os estudantes de psicologia, a também para todos aqueles que se interessarem; para que possamos aprender, a cada dia mais, sobre assuntos que estudamos, e que fazem parte deste mundo magnífico e misterioso que vivemos!
Fiquem a vontade para dar idéias, sugestões, e, até mesmo, mandar dúvidas! Juntos podemos sempre mais!
Farei o possível para ajudar!

A seguir, uma mensagem que achei muito bonita e que significa muito o que penso a respeito de como quero seguir em minha futura profissão!

Espero que gostem!

Até a próxima!

Fiquem com Deus!

"Quero, como psicóloga (o), aprender a ouvir sem julgar, ver sem me escandalizar, e sempre acreditar no bem. Mesmo na contra-esperança, esperar. E quando falar, ter consciência do peso da minha palavra, do conselho, da minha sinalização. Que as lágrimas que diante de mim rolarem, pensamentos, declarações e esperanças testemunhadas, sejam segredos que me acompanhem até o fim.
E que eu possa ao final ser agradecido pelo privilégio de ter vivido para ajudar as pessoas a serem mais felizes. O privilégio de tantas vezes ter sido única na vida de alguém que não tinha com quem contar para dividir sua solidão, sua angústia, seus desejos. Alguém que sonhava ser mais feliz, e  pôde comigo descobrir que isso só começa quando a gente consegue realmente se conhecer e se aceitar. Que Deus me ajude a conseguir!"